Ainda que as palavras de nada valessem, seria eu um ser entristecido no dia nublado, ainda que tudo fosse explicado, escrito ou falado.
Creio que apresentar-vos no auge da loucura seria no mínino inimagináveis escritos de um pobre insano, malvisto pelos que o cercam, ignorado pelos gênios deficientes d’alma, Ingratos fruto de algo maior, pois em cada um o princípio se fez germinar. Por agora, cultivam as mentes brilhantes. Tolos e cegos, filhos pródigos de um mal oculto, prole do preconceito. Dissipam conhecimentos fechados, retrógrados vazios de luz. Enxergam um túnel e suas propriedades, mas são ausentes do ar que lhes é vital a sabedoria.
Jogado aqui: um perdido que esta a vagar, sem a benção dos gênios, sem a mão dos seguidores do mundo, fruto da minoria insana que paira numa terra de intolerância. Nu a cantar, a saudar as estrelas, vindo dos seios da mãe verde, irmão daquilo que se chamava vida, o perdido que percorre o mundo com o ar a cortar-lhe a face e a misturar-se com as lágrimas gélidas na pele em chamas. O pé que sentia a terra, o destino a frente, à vista, numa busca interminável pela felicidade profana e verdadeira.
Ainda que os mundos se desencontrassem traria comigo o nada que habita o homem insano, vagaria ao lado dos deficientes, gênios sem nada saber. Traria na carne o sopro de respiração da última noite de ardor, quando não se via o tempo passar. Em peito aberto repleto de vácuo, com o coração a bater longe de sua morada. Traria comigo a sorte dos famigerados, exagerados do mundo, sobrevivendo de lembranças que um cérebro desesperado estaria a criar para o alimento essencial.
Por caminhar sentiria os pés sobre a terra onde a trilha se perderia numa vista cega de vontade. E ainda que o perdido gritasse mais alto, calaria multidões num olhar desaforado, dilacerado por falsos sorrisos. Ainda que a pele descolasse do corpo na tentativa de reconforto estaria por caminhar, uma mente, um destino. Entregar-te-ia mais que um coração em rios vermelhos, entregaria toda uma carne visceral, cada parte que constasse um sopro de vida, cada pedaço de amor.
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Um comentário:
Quanto sofrimento...identifico lagrimas de sangue e um coração querendo se libertar.
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